DA CRUZ - Bio


OTHERS SAY THIS
„Some of the most upbeat music I’ve ever heard“ (Okayplayer/Questlove USA)

„Tropical New Wave“ (BBC 6 Music)

“This music often sounds attacking and angry, sometimes melancholy - much like the mood in Brazil, which is swaying between resignation and revolution.” (Taz / Germany)

„This music is wet and heavy, dark and sparkling, sensual and gloomy.“ (Les Inrocks, France)

 „If anyone has the rhythm to take a nation to the future, it's definitely Da Cruz.” (PopMatters, USA)

„Sub Urban Brazilian Music“ (KEXP, USA)

„Brazil’s answer to M.I.A“ (Wondering Sound, USA)

„Da Cruz makes the future feel alright. Fourteen tracks shed cynicism and frustration and illuminate the human potential.“ (Nanobot Rock Reviews, USA)

„What more could you want“ (The Independent, UK)

“Restive and angry!” (Le Monde France)

“CD of the Week” (USA Today)

“A trip around the world that invokes Brazil at every stage, this is a new ode to the discovery of the riches of the biggest country of South America.” (Radio Nova Paris, France)

 “A completely funky world tour of the most frenetic urban rhythms.” (Télérama, France)

“Eco Do Futuro introduces sounds and rhythms from the African diaspora into Da Cruz's glistening, seamless blend of Brazilian and European dance and club music.” (All about Jazz / USA)

"Da Cruz is so versatile and inspired, playing with references and styles to deliver a score that is both powerful and personal." (Que Tal Paris, France)

 “Da Cruz dives with us in the heart of the Brazilian urban and modern culture.” (Afriscope, France)

 “This is a runaway freight train, aimed right at the dance floor.” (Global a Gogo, USA)

 „Dancefloor songs, for which the brain does not have to be switched off.” (Global Sounds, Germany)

 „Very urban“ (Rolling Stone, Germany)

„I could not stop moving and grooving to this record“ (Nanobot Rock Reviews, USA)

 “Da Cruz are establishing themselves more and more as their own music genre.” / “With a stunning feeling for sheer entertainment.” (Soultrain, Germany)

 “Brazil far away from stereotypes.” (SRF3, biggest Radio Channel, Switzerland)

“This is tasty party music that is more than empty, musical calories. A delightfully tasty set, this is a jam what am. Hot stuff throughout.“ (Midwest Recorods, USA)

 “Da Cruz is the best that Switzerland has to offer in music.” (Tracks, Switzerland)

“The soundtrack for a country, tumbling between resignation and revolution.” (Soulguru, Germany) 

 “The music explodes with a lot of anger and so many colors. A music without cliché.” (Latins de Jazz, France)

 “A collection of 14 songs full of committed lyrics, combining with urgency and seriousness the sounds of Baile Funk, Electro, Pop, Ethiojazz, Afrobeat, Dub-Reggae and afro house.” (Les Chroniques de Hiko, France)

 “The live act of the season.” (Musikch, Switzerland)

“I'm black, Swiss and proud, you hear Mariana say between the lines. A very self-confident and stylish album.” (Sound & Image, Germany)



BIO IN ENGLISH

After enthusiastically acclaimed shows at festivals like Montreux Jazz Festival, Brasil Summerfest New York, Montreal Jazz Festival, Lisboa Mistura, and concerts in the hip cities of the world, the Berne based group DA CRUZ was pre-nominated 2019 for 30 Prêmio da Música Brasileira and was decorated with the title "Album of the Year" in some magazines.

DA CRUZ take you to a modern and urban Brazil, a country staggering between revolution and resignation. Da Cruz have translated all the anger and joy, all the hope and despair into extremely danceable songs.

„Eco do Futuro“ - their last album - has singer Mariana Da Cruz discovering her African roots. Born and raised in Sao Paulo she moved to Switzerland 14 years ago, but never actually settled, at least not when it comes to music. On this new record Mariana Da Cruz directs an electro-acoustic trip from the subversive communities of Lagos to the favelas of Rio and the townships of Johannesburg, with occasional stopps in the smoke-filled recording studios of Kingston Town and poorly ventilated clubs of London. Blending Kwaito, Baile Funk, Afrobeat, Dub and Hip Hop, „Eco do Futuro“ is a decisively urban „black“ independent record.

The 14 songs confront hidden racism, the rift between political elites and the common people, the revolt against economic injustice – and, of course, some of them are just about love in these hard times. They are testimony of a young black Brazilian woman from humble origins who sees how her country is being ruled and robbed by old, privileged, white men. Mariana Da Cruz: „Brazil is about to lose its smile. This hurts me very much.“ So, in the opening track „Pais do Fururo.“  she sings to a the groove of Afrobeat inventor Tony Allen: „My Brasil, land of future. But the present is once again delayed.”

Over the past twelve years Da Cruz has gained an excellent reputation in the global music scene. Each of its five records has made the Top 10 of the American college radio charts. Newspapers like "The Independent", magazines like "Rolling Stone" and radio stations like BBC 6 Music, KEXP and Radio France International have followed and praised Da Cruz's activities. This is even more remarkable, as Da Cruz has remained an independent artist since its beginnings. Every Da Cruz record has been produced in their own studio and released on their label - except for the 2011 album "Sistema Subversiva", which was released by the US-Label „Six Degrees Records“ (The Dø, Bebel Gilberto, CéU).

"Da Cruz is the collision of various elements that seem incompatible at first glance," explains Mariana Da Cruz. Mariana’s background is traditional Brazilian music (Bossa Nova, MPB), while her musical companion, producer and music journalist Ane H., scraped his soul with Suicide, danced to Fela Kuti, and was the singer of the industrial pioneers Swamp Terrorists.

The core of the band also includes Bernese guitarist Oliver Husmann and the former Swamp Terrorists drummer Pit Lee.

With „Eco do Futuro“ Da Cruz have created an eclectic sound that welcomes musical frictions – not only with Pop, but also with Jazz and even more so with global electronic music. An oeuvre that will groove on in the long-term memory.

2021 there will be a lot of new music of DA CRUZ - stay tuned!





BIOGRAFIA EM PORTUGUES

A cantora e compositora Mariana Da Cruz se firma como uma grande representante da música brasileira na Europa e lança seu novo álbum no Brasil.

Eco do Futuro é um disco “preto” e definitivamente urbano, apresentado no exterior como “afro-brazilian bass music”. O quinto álbum da cantora e compositora Mariana Da Cruz acaba de chegar ao Brasil após ter sido lançado na Europa e EUA.

Radicada na Suíça há mais de uma década, Da Cruz (como é chamada artisticamente) foge dos clichês verde e amarelos e representa muito bem a música brasileira contemporânea por onde passa: de Montreal a Montreux, de Londres a São Paulo.

Reconhecida também pelo trabalho de difusão da cultura afro-brasileira, a artista vem consolidando um percurso claramente político em temática e sonoridade, abordando de forma direta temas como racismo, violência contra as mulheres, a falsa liberdade de ir e vir da pessoa negra, entre outros.

Seu quinto álbum, Eco do Futuro, é uma viagem eletro-acústica ambientada nos enfumaçados estúdios de gravação de Kingston Town ou dos clubes mal ventilados de Londres. Esta viagem que ainda funde Kwaito, Baile Funk, Afrobeat, Dub e Hip Hop apresenta um Brasil de sentimentos ambíguos, que oscila entre revolução e resignação, raiva e alegria, esperança e desespero, traduzidos em canções extremamente dançantes. Vale prestar atenção nos inconfundíveis beats de Ane H.

“Negra Sim” é uma espécie de Baile Funk Suíço. Uma mistura de electro europeu (meio Kraftwerk) e hip-hop (com beatbox). A faixa é inspirada pelas produções do início dos anos 80. Já “Virose”, (que ganhou um videoclipe) é um dub/rap onde Da Cruz alerta para se tomar cuidado com o vírus do ódio e da intolerância. “Sinhá Mandou” é um afrobeat-jazzístico-futurista e “Pobre Mentality” funde batidas eletrônicas com sopros e tambores.

Eco do Futuro é o testemunho de uma mulher negra de origem humilde que foi criada ouvindo sua avó dizer “O Brasil, minha filha, é o país do futuro” e que hoje vê como seu país está sendo governado e roubado por homens brancos, velhos e privilegiados.

Da Cruz é a colisão de elementos que parecem incompatíveis à primeira vista. Escute.

 

A trajetória de Mariana Da Cruz reflete o seu descontentamento com a política do Brasil. “Cresci ouvindo muitas promessas sobre o crescimento econômico e o desenvolvimento educacional, social, cultural e a estabilidade do país. E, apesar dos muitos avanços que tivemos na última década, mais uma vez vemos o povo sendo destituído de seus direitos”, conta. Em 2005 foi para Portugal, onde ficou conhecida como uma cantora de bossa nova.

 

Foi neste país que conheceu o produtor suíço Ane H., o principal integrante do Swamp Terrorists - grupo pioneiro na cena industrial/electro de seu país. Enquanto Elis Regina e Ed Motta eram as grandes influências da moça, Ane H. somou com seus conhecimentos de produção eletrônica e sintetizadores. O resultado são beats improváveis embalados por muito groove e pela voz poderosa e sensual de Da Cruz – com letras em português.

 

Mariana da Cruz não é uma filha da burguesia ou uma garota tropicalista-hipster. A sétima filha de uma trabalhadora da roça de algodão e de um cozinheiro nasceu e cresceu no município de Paranapanema, São Paulo. Não tinha dinheiro para investir em aulas de música ou numa coleção de discos, mas sua mãe foi uma apaixonada pelo rádio e cantava muito bem. Foi assim que Da Cruz se apaixonou pela música e se mudou para Campinas, aos 16 anos, para trabalhar e tentar a vida como cantora.

 

A menina que gosta de olhar para o futuro se cansou da boa e velha bossa nova e se mandou para a Europa. Há 14 anos ela bate o pé quando os contratantes na Europa dizem que ela deveria cantar em inglês.


“Não é fácil criar um mercado com a língua portuguesa no ambiente musical internacional. Mas o que devo fazer? É a língua mais bonita do mundo, como já dizia Saramago, e não vamos mudar isso. Nos shows eu falo com a plateia em inglês ou alemão e os atualizo sobre o teor das faixas. Assim o público pode perceber como fugimos totalmente dos clichês sobre o Brasil", afirma.